A RAINHA, AS VISITAS DE FORA... E OS ÍNDIOS

Hoje chega a ser difícil começar esse post. Foi uma enxurrada muito forte de informações. É até redundante o termo, mas é para mostrar o tamanho da força. Os rituais dos quais eu participo são ecumênicos. Não seguimos religião do Santo Daime, nem nada parecido. Temos um conjunto gigantesco de egrégoras e todas elas juntas nos protegem e nos auxiliam nessa busca.

Ontem em conversa com o meu amado, lembrei-me de algo muito importante sobre minha participação nesses rituais. Não é uma necessidade. É uma vontade, um gosto, uma alegria em gozar desses momentos. É o prazer de ver coisas que eu não vejo e sentir coisas que eu não sinto no meu dia-a-dia, nem quando eu estou meditando.

Hoje tivemos participações mais do que especiais no nosso trabalho, e a força pra mim veio de uma maneira quase que inexplicável, espetacular, praticamente improvável. Hoje, final de novembro, eu completo dois anos de ayahuasca na minha vida, uma bênção. É um caminho do qual sempre tive muito receio, restrições, mas que depois que me posicionei nele, não tenho mais vontade de sair. Não é um vício. É um enorme, enorme prazer estar nesse caminho, percorrê-lo, guiar outras pessoas e abrir algumas portas para que eu e outros seres as atravessemos.

A RAINHA

Minha força chegou meio tarde, só depois dos hinos mesmo. Quero depois postar uma letra de um deles, chamada GUERREIROS DA PAZ; a energia desse hino é extremamente forte e poderosa. ILUMINA é outra música que já me coloca em sintonia com essa freqüência tão gostosa.

Minha primeira visão me deixou com raiva da minha pessoa. Me senti tempo todo “COROADA”, premiada, não sei explicar. É como se eu fosse uma rainha, uma pessoa de sabedoria, liderança, perspicácia. Uma decisora. Eu gosto de liderança, mas sempre quero ficar nas “sombras” em relação a esse assunto. E essa miração me pediu para soltar meu lado de liderança. Para não ter vergonha de ser quem eu sou. Eu era uma rainha em tons corais, com cabelos muito longos, unhas compridas, olhos um pouco mais puxados, mas era eu. Me senti sentada em um trono e ouvia vozes falando sobre liderança, sabedoria e prêmios pelos meus esforços. Compensação. Recompensa. Frutos colhidos pelo meu esforço. Isso me deixou um pouco mais aliviada. A mentora apareceu e pediu para eu “me segurar”, porque estava vindo um chumbo grosso pro meu lado em relação a tudo isso.

Parte da miração acontecia em um palácio dourado, e as luzes amareladas cobriam meu semblante calmo, quase passivo, esperando toda essa luz penetrar na alma. E me senti potente, capaz. Segura. A todo o momento, eu sentia alguém colocando uma espécie de coroa na minha cabeça. E a cada coroação, por assim dizer, me sentia mais livre de pesos que me incomodam na vida.

AS VISITAS DE FORA

Para quem acredita, quem bom. Para quem não acredita, aí vai o momento loucura do trabalho: eu estava sentada, e senti, ouvi, pessoas andando pelo salão. MUITAS PESSOAS. Translúcidas, sem muita expressão, mas que percorriam o salão dando passe nos demais. Eu senti dois passes aplicados em mim. De repente, a irmã que estava mesmo aplicando me perguntou se eu queria receber um também. Fiquei confusa, achei que já tinha recebido dois passes.Vieram de outro planeta. Não eram da Terra. Não eram espíritos daqui. Eram de muito longe, isso foi possível sentir. Trouxeram uma freqüência de energia inexplicável, que tomou conta de todos.

OS ÍNDIOS

Isso foi o mais incrível. Eu mal saí de um encontro emocionante com Raoni, e entro em um trabalho no qual os índios vieram fortes, em peso, levantando a poeira, agitando todo mundo. Maracá forte. Cura espiritual forte. Mais um pedacinho do perdão que levaram (amém). Aos poucos, meu fardo está diminuindo e minha mãe está cada vez mais feliz comigo. Minha mãe sempre foi muito ligada com índio. Eu também. Sempre me fascinou o xamanismo. E os xamãs, pajés me deixam deslumbrada pelo poder e sabedoria. Eremitas das florestas. De repente, eu estava cantando as músicas, alto, forte. Nem sei se alguém abriu os olhos pra ver. Mas eu me senti mais próxima deles do que nunca. Quero ser sábia como eles. Nunca conseguirei, mas eu vou tentar até o fim dos tempos.


Eu e o cacique Raoni, mais o Léo. Momento único.

Meu totem de poder apareceu de novo. Minha querida coruja. Sentir a maciez das penas, o olhar concentrado dela, suas enormes asas, é uma sensação indescritível. Só participando pra entender o que a gente passa lá dentro, os processos, as curas, os espíritos, as bênçãos! No momento dos índios, o calor estava quase que insuportável dentro do salão. Mas eles trouxeram consigo uma brisa gostosa, que acalmou todos os ânimos.

Completo dois anos de ayahuasca com felicidade plena. Nunca passei mal, nunca fiz limpeza, nunca tive mirações ruins. Como dizem, a bebida é para todos, mas nem todos são para a bebida. Me sinto honrada e privilegiada em descobrir no dia de hoje, que eu sou um dos agraciados por pertencer a essa ordem de espiritualidade, força, harmonia, carinho e graças.

[LETRAS]

ILUMINA
Ó, grandioso Sol... Sol Central 2x
Ilumina, ilumina, ilumina, ilumina

Ó grandiosa Lua no Céu 2x
Ilumina, ilumina, ilumina, ilumina

Ó grandiosa Estrela no Céu 2x
Ilumina, ilumina, ilumina, ilumina

Ó grandiosa Rainha da Floresta 2x
Ilumina, ilumina, ilumina, ilumina


GUERREIROS DA PAZ

domingo às 02:36

3 Comments to "A RAINHA, AS VISITAS DE FORA... E OS ÍNDIOS"

Adorei juh...nossa que forte é pra voc~e né?

bjos

@lariemee

Adorei juh uma grande experiencia...isso graças aos muitos esforços que fez vc merece!

bjos

@gaviera

Parabéns pelo blog, Ju.
Acho digno toda religiosidade/crença que traz benefícios e ensinamentos às pessoas (: