AMOR: UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

Primeiramente, olá a todos que estão lendo este post. Agradeço a quem não me “abandonou”, mesmo com a minha demora em postar – acho que se foram três meses mais ou menos. Aos poucos, vou retomando a rotina.

Anda um pouco complicada a minha vida profissional, viajei muito e não tive tempo, condição física ou mesmo inspiração para escrever, mas aí vou eu mais uma vez, relatar minhas experiências, mirações e reflexões em Shekinah.

O trabalho voltou para a Chácara do Yuri, local onde eu abraço todos os poderes que a natureza é capaz de fornecer como instrumentos para um ritual interessante, desprendido e concentrado, focado. Infelizmente as coisas não aconteceram como o planejado para o início da noite, e após algumas horas sem mesmo saber se teríamos trabalho, finalmente demos início ao ritual.

Devo ressaltar que o ato de auxiliar na montagem do templo, na colocação das imagens, o acender de velas e incensos, todo esse processo pra mim é essencial, sinto-me parte da energia corrente naquele local, entre aquelas pessoas. Mais um ritual “fechado”, com poucos visitantes.

A princípio, não parecia que tanta energia fluiria ali. Mas com o passar de uma hora de trabalho mais ou menos, ela veio tão forte, tão intensa e tão pura e grandiosa, que eu mal podia conter meu êxtase. Todo o meu processo, dessa vez, deu-se em uma espécie de “câmera lenta”. Eu pedi confirmações sobre pessoas com as quais me relaciono, sentimentos, objetivos. E, ao que me pareceu, essa “câmera lenta” veio justamente para que eu não perdesse um detalhe sequer do que eu estava avaliando ali, naquela noite.

Na primeira miração, eu via pessoas através de uma porta. Era uma sala ampla, branca, muito iluminada. As pessoas eram pessoas que estavam passando pela minha vida. Algumas entravam pela porta e caminhavam na minha direção. Outras simplesmente por ali passavam e sequer notavam a minha presença. Isso foi revelador em muitos aspectos.

Em outra, diferenciada, eu estava em um túnel, em tons de vermelho e branco, parecido com um daqueles pirulitos gigantes. Nesse túnel eu estava deitada, olhando para uma pessoa que vinha em minha direção, vagarosamente. Ele vinha do final do túnel, onde tinha uma porta. E ele só vinha em minha direção. Caminhava, com os olhos brilhando, mas tão devagar... Chegou a me dar sono dentro da minha própria miração! Mas eu entendi PERFEITAMENTE a mensagem que isso quis me passar.

Num exercício de extrema paciência, eu enxergava essas pessoas, e, em determinado momento, eu fui fundo em um sentimento, único: amor. Amor por alguém, estar apaixonada. Eu estou. Pensei muito sobre isso. E viajei dentro de mim, procurando o meu coração, num mundo cor-de-rosa, dentro, bem no fundo da alma. É estranho procurar o coração na alma, mas é ali que o meu fica, disso eu tenho certeza. E eu encontrei o ponto inicial do meu sentimento, o “gatilho” para que aquilo tudo passasse a acontecer dentro de mim. Parei por um minuto, examinei aqueles lindos raios de luz branca, cor-de-rosa, roxo, amarelo e prateado. Mergulhei num oceano rosa, de onde eu apreciava, como expectadora, as minhas próprias lembranças da trajetória desse sentimento. Perguntei-me se deveria avisar o dono do meu coração. A resposta foi positiva. Mas, e o medo de uma rejeição? Eu me perguntei isso também. A resposta foi outro ponto de interrogação.

Mas, o que eu gostaria de escrever mesmo aqui, de DESCREVER, eu acho que simplesmente não consigo. Como descrever a miração de fluidos que eu enxerguei como sendo amor? Acho que a imagem abaixo é o que melhor poderia TENTAR ILUSTRAR.

segunda-feira às 04:55 , 0 Comments