[O PODER DA VIDA – MAKTUB]
Árvore da Vida.
Creio eu que, durante esse trabalho, pude visualizar melhor qual trilha devo percorrer para entrar em sintonia com cada Sephira e me pus em contato com Kether, a primeira delas. Kether: o contato além do humano. Entendi, em certo ponto do meu primeiro insight, que eu estava ali entrando em contato com as energias da natureza. Após alguns momentos meditando na parte interna do templo, resolvi me sentar na grana, do lado de fora, e observar a natureza ao meu redor. Meus ouvidos se abriram de uma maneira que jamais poderei compreender. Pude ouvir todos os sons à minha volta: grilos, cigarras, sapos coaxando, pássaros cantando, o vento, o movimento das nuvens, a grama se movendo... Foi um dos momentos mais mágicos que vivi até hoje, para ser muito honesta.
Centrei meu olhar no céu por longos minutos. Acho que por uma hora, na verdade... Ou menos, ou mais, não sei ao certo; uma das coisas que não encontrei nesse trabalho foi a noção de tempo. Estava apenas ali, naquele espaço, vivendo o aqui/agora e deixando o resto para depois. Ao olhar o céu ao fundo, notei um clarão entre as nuvens... Me deixei levar... E a observar tudo o que esse azul infinito tinha para me oferecer. Refleti sobre o tamanho que o ser humano tem perto do resto das coisas dentro do universo. Meditei sobre a nossa soberba e “grandiosidade”, sobre como nós nos esquecemos facilmente de que, ao final, não passamos de pequenos grãos de areia. Na minha cabeça, que estava fervilhando de idéias de uma pessoa uma ou duas noites antes, me veio a idéia de micro e macro. Em relação a outros seres neste planeta, somos todos grandes, imensos, somos capazes de esmagar um pequeno inseto com as pontas dos dedos. No entanto, entrando nesse jogo de megalomania, percebi como o universo em si é megalomaníaco também. Quando mais eu parei para pensar no meu tamanho em relação ao universo, mais eu me senti pequena. Mas não é ser pequena puxando para o pejorativo. É simplesmente me colocar no meu lugar no universo e aceitar com humildade que meu poder é pífio se eu pensar que várias outras coisas ou seres podem um dia me esmagar “com a ponta dos dedos” também. Todos esses pensamentos me mostraram que, para que eu possa vestir minha coroa com honra e dignidade, eu preciso de muito trabalho interno antes. Eu estou longe da coroa. Todos nós estamos. Mas o primeiro passo para o entendimento de Kether foi dado e a reflexão foi profundamente esclarecedora.
Ainda um pouco perdida dentro desse raciocínio todo, eu de repente me vi em uma espécie de bolha energética. Ou melhor, de um cubo energético. Senti que ele foi ficando apertado e eu fui me encaixando nele conforme foi possível. O cubo energético possuía flores no chão e uma grama bem rente ao chão. Fui elevada aos céus e dei um lindo passeio ao redor do mundo, da natureza. Vi uma porção de bichos, plantas, rios, lagos... Os oceanos, que lindos! Mergulhei no fundo do mar para conferir de perto toda a diversidade de espécies do nosso planeta. Num repente, senti o ar que eu estava respirando de maneira diferente. Senti na verdade, que eu era parte dessa natureza.
E me vi dentro do cubo, “brotando”, a partir de uma semente. Senti a chuva, os ventos, as pragas, e senti o meu fortalecimento conforme eu ia florescendo dentro do meu cubo energético. Vi vários momentos da minha vida que foram importantes: minha mãe, meu avô e minha avó, meu pai e irmãos... O primeiro beijo, o primeiro amor, o colégio técnico, a faculdade, meus projetos que foram bem-sucedidos. Muita coisa realmente passou diante de mim. Quando me vi novamente, eu era um botão de rosa vermelha. Sentia meus espinhos representando minha defesa frente aos acontecimentos que já vivi e que foram mal-sucedidos. Por outro lado, fui capaz de sentir meu perfume, minha cor vibrante e me abri.
Quando eu tiver mais dos meus insights esclarecidos, eu volto a postar. Foi muita coisa ao mesmo tempo. Mas a energia e a luz desse trabalho ficaram já marcadas e mim.
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