PROJEÇÕES ASTRAIS

[O PODER DA VIDA – MAKTUB]

Mal sei por onde começar mais um relato do meu trabalho interior no templo de Shekinah. Estou com tantas coisas na cabeça e na alma ainda que mal consigo expressar em palavras meu sentimento hoje. Mas vou tentar aqui relatar alguns dos quase inexplicáveis insights que me assaltaram na última tarde/noite.

O trabalho em si foi bem diferente. Outra vibração. Eu cheguei também em uma sintonia diferenciada, relaxada, tranqüila, deixando os problemas do dia-a-dia para trás, em são Paulo mesmo. Aliás, que quinta-feira pra cá, eu estou nessa vibração boa (estive no show do Queen e foi emocionante). Dessa vez, ao invés de bailados e hinos de poder, tivemos uma meditação forte e silenciosa, com auxílio de música, durante mais ou menos uns 15 minutos; depois ainda fizemos uma outra meditação em silêncio absoluto, sem música. Já durante a meditação, eu senti totalmente a natureza do lugar, me coloquei em contato com o meio ambiente através da minha meditação. Eu estava completamente alheia a quaisquer outras sensações. A conexão foi com a vida, não comigo mesma. De certa forma, também comigo mesma, mas muito mais com o resto do universo.

[VIDA, UM MISTÉRIO]


Dessa vez, parte da minha sensação de conexão com a natureza vem de grande parte do meu entendimento (finalmente) da chamada ÁRVORE DA VIDA. Pude afinal, enxergar o sentido de tudo isso. O motivo pelo qual um caminho se junta ao outro, como as Sephiroth dependem uma da outra, aliás, como eu mesma dependo do caminho correto para me conectar com o divino.

Árvore da Vida.

Creio eu que, durante esse trabalho, pude visualizar melhor qual trilha devo percorrer para entrar em sintonia com cada Sephira e me pus em contato com Kether, a primeira delas. Kether: o contato além do humano. Entendi, em certo ponto do meu primeiro insight, que eu estava ali entrando em contato com as energias da natureza. Após alguns momentos meditando na parte interna do templo, resolvi me sentar na grana, do lado de fora, e observar a natureza ao meu redor. Meus ouvidos se abriram de uma maneira que jamais poderei compreender. Pude ouvir todos os sons à minha volta: grilos, cigarras, sapos coaxando, pássaros cantando, o vento, o movimento das nuvens, a grama se movendo... Foi um dos momentos mais mágicos que vivi até hoje, para ser muito honesta.

Centrei meu olhar no céu por longos minutos. Acho que por uma hora, na verdade... Ou menos, ou mais, não sei ao certo; uma das coisas que não encontrei nesse trabalho foi a noção de tempo. Estava apenas ali, naquele espaço, vivendo o aqui/agora e deixando o resto para depois. Ao olhar o céu ao fundo, notei um clarão entre as nuvens... Me deixei levar... E a observar tudo o que esse azul infinito tinha para me oferecer. Refleti sobre o tamanho que o ser humano tem perto do resto das coisas dentro do universo. Meditei sobre a nossa soberba e “grandiosidade”, sobre como nós nos esquecemos facilmente de que, ao final, não passamos de pequenos grãos de areia. Na minha cabeça, que estava fervilhando de idéias de uma pessoa uma ou duas noites antes, me veio a idéia de micro e macro. Em relação a outros seres neste planeta, somos todos grandes, imensos, somos capazes de esmagar um pequeno inseto com as pontas dos dedos. No entanto, entrando nesse jogo de megalomania, percebi como o universo em si é megalomaníaco também. Quando mais eu parei para pensar no meu tamanho em relação ao universo, mais eu me senti pequena. Mas não é ser pequena puxando para o pejorativo. É simplesmente me colocar no meu lugar no universo e aceitar com humildade que meu poder é pífio se eu pensar que várias outras coisas ou seres podem um dia me esmagar “com a ponta dos dedos” também. Todos esses pensamentos me mostraram que, para que eu possa vestir minha coroa com honra e dignidade, eu preciso de muito trabalho interno antes. Eu estou longe da coroa. Todos nós estamos. Mas o primeiro passo para o entendimento de Kether foi dado e a reflexão foi profundamente esclarecedora.

Ainda um pouco perdida dentro desse raciocínio todo, eu de repente me vi em uma espécie de bolha energética. Ou melhor, de um cubo energético. Senti que ele foi ficando apertado e eu fui me encaixando nele conforme foi possível. O cubo energético possuía flores no chão e uma grama bem rente ao chão. Fui elevada aos céus e dei um lindo passeio ao redor do mundo, da natureza. Vi uma porção de bichos, plantas, rios, lagos... Os oceanos, que lindos! Mergulhei no fundo do mar para conferir de perto toda a diversidade de espécies do nosso planeta. Num repente, senti o ar que eu estava respirando de maneira diferente. Senti na verdade, que eu era parte dessa natureza.

E me vi dentro do cubo, “brotando”, a partir de uma semente. Senti a chuva, os ventos, as pragas, e senti o meu fortalecimento conforme eu ia florescendo dentro do meu cubo energético. Vi vários momentos da minha vida que foram importantes: minha mãe, meu avô e minha avó, meu pai e irmãos... O primeiro beijo, o primeiro amor, o colégio técnico, a faculdade, meus projetos que foram bem-sucedidos. Muita coisa realmente passou diante de mim. Quando me vi novamente, eu era um botão de rosa vermelha. Sentia meus espinhos representando minha defesa frente aos acontecimentos que já vivi e que foram mal-sucedidos. Por outro lado, fui capaz de sentir meu perfume, minha cor vibrante e me abri.

Quando abri os olhos de novo, estava em lágrimas de alegria e notei que já tinha escurecido. Kether, meu caminho começa aqui.

[CONFUSÃO DE SENTIMENTOS]

Minha segunda parte do trabalho foi um pouco confusa, ainda estou tentando entender o que aconteceu. Eu não pude parar quieta! Andei por todos os lados do templo, fui lá fora, me sentei, levantei, era difícil controlar a força que eu estava sentindo. Agora estou entendendo que era uma força. Uma força que me mostrava a minha beleza de caráter. Quem ler isso pode até achar prepotente ou soberbo da minha parte, mas sinceramente, não vou nem me preocupar com isso. Mas me percebi como um ser humano de bem, positivo, imaginativo, romântico, sentimental, preocupado. Em determinado momento, essa força ficou tão forte que precisei me deitar para conter tudo o que estava sentindo: um misto de êxtase por estar viva com uma ansiedade por viver ainda mais, uma pressa de evoluir misturada com uma serenidade em relação aos problemas que venho enfrentando. Senti mãos me amparando a cabeça. E senti uma vibração absurda percorrer cada poro do meu corpo. Meu coração não estava disparado, mas eu o ouvia bater. Senti cada órgão do meu corpo. Tive uma das minhas já manjadas crises de riso. É um riso incontido, uma gargalhada por estar viva, feliz, saudável, com amigos, com juventude, disposição para enfrentar os obstáculos que se colocam antes de alcançar meus objetivos. Vi em minha frente uma série de estradas. Me vi caminhando em várias delas. Caminhos um pouco sinuosos; mas em seguida, pude enxergar que a estrada na qual eu estou caminhando é iluminada. Ainda dentro da história de Kether, acabei me vendo numa representação literal do seu significado: em um trono, com uma coroa e uma rosa vermelha na mão, como o botão que eu fui no início do trabalho.neste momento, um insight importante veio na minha mente: eu sou a única capaz de me coroar, mais ninguém. Eu sou rainha da minha vida, mas ao mesmo tempo, o destino está lá, num cantinho, escrevendo alguns acontecimentos, que, independente do meu livre-arbítrio, eu vou vivenciar. MAKTUB – está escrito.

Entre outras coisas que senti nesse trabalho, uma das mais positivas foi a “subida” do trabalho nos chakras. Finalmente caminhei para o meu chakra do Hara. Acho que foi por isso que senti tanta força.

Quando eu tiver mais dos meus insights esclarecidos, eu volto a postar. Foi muita coisa ao mesmo tempo. Mas a energia e a luz desse trabalho ficaram já marcadas e mim.

domingo às 07:13

0 Comments to "PROJEÇÕES ASTRAIS"